"AMOR E ÓDIO HABITAM O MESMO UNIVERSO, MAS A INDIFERENÇA É UM EXÍLIO NO DESERTO...”
"Vermelho escarlate pinta os arabescos do ódio.
Dourado flamejante alumia o amor.
O transparente, o sem cor, a cor do nada, preenche as garatujas da indiferença.
Regozija-se a alma com o dourado luminoso do amor transparecido no toque.
...no olhar veludo olho.
...na maciez torpe do lábio.
...no suave acorde do fonema do som do amor.
Dói a dor doída da palavra carregada de ira.
... do olhar falado duramente.
...do gesto violento.
Dói sentir na derme da alma...o ódio.
Todavia, não existe nada que doa mais...
...que talha, que transpassa, que perfura, que sangra...
...do que a palavra não dita, o olhar não dado, o toque não tocado, a música não cantada...
...o vazio, o vácuo, o nada da indiferença.”
KARINNA