"Começo a vislumbrar uma luz no horizonte.
A dilacerante dor física da falta de teus beijos e tuas carícias Principia a passar...a me deixar. Virar desimportante para ti, começo a me acostumar. A dor mais doída inicia agora O ritual da despedida de abandonar o amor que sinto A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade Dói também , tanto ou mais que o abandono. Apeguei-me a esse amor como apaixonei-me por ti. Desprender-me... Sacudir de mim os teus vestígios parece mais fácil. Esse meu amor por ti tornou-se um souvenir Uma lembrança de uma época feliz e passional que vivi. Esse meu amor por ti tornou-se um bem inestimável Sensação inebriante a qual me apeguei. Vivo como que embriagada por esse sentir. Abrir meu coração para outro amor requer abrir mão do meu amor por ti. Esse meu amor entranhou-se em mim. Tatuagem na minha derme macia ficou. Preciso dar a carta de alforria a esse amor que tenho. Tirá-lo do meu peito e colocar ali.Onde há lembranças de um sentir. Essa segunda dor é mais amena. Gritei em alto som minha decepção. Cantei teu toque. Teu poetar. Teu sorriso. Exauri minha alma em palavras sobre ti. Mas é uma dor que me confunde. Às vezes parece ser aquela primeira dor...mas já é outra. Tua pessoa de certa forma não me interessa mais...mas o amor que senti( sinto) por ti ainda me interessa. Amor que me justificava como ser humano. Amor que me colocava dentro das estatísticas:”Eu amo, logo existo”. Despedir-me deste amor é despedir-me de mim mesma. É o arremate de uma história que aconteceu, que terminou sem a concordância do meu coração. Esse amor, é fato, precisa sair de dentro de mim... Para que então, meu coração possa amar de novo. Essa é a segunda dor de um amor que se foi.” Karinna
Enviado por Karinna em 24/10/2008
Alterado em 24/10/2008 |