Karinna*

Um olhar azul...

Textos

“Começo a vislumbrar uma luz no horizonte.

A dilacerante dor física da falta de teus beijos e tuas carícias

Principia a passar...a me deixar.

Virar desimportante para ti,  começo a me acostumar.

A dor mais doída inicia agora

O ritual da despedida de abandonar o amor que sinto

A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade

Dói também , tanto ou mais que o abandono.

Apeguei-me a esse amor como apaixonei-me por ti.

Desprender-me de ti

Sacudir de mim os teus vestígios parece mais fácil.

Esse meu amor por ti tornou-se um souvenir

Uma lembrança de uma época feliz e passional que vivi.

Esse meu amor por ti tornou-se um bem inestimável

Sensação inebriante a qual me apeguei.

Vivo como que embriagada por esse sentir.

Abrir meu coração para outro amor requer abrir mão do meu amor por ti.

Esse meu amor por ti entranhou-se em mim.

Tatuagem na minha derme macia ficou.

Preciso dar a carta de alforria a esse amor que tenho por ti.

Tirá-lo do meu peito e colocar ali.Onde há lembranças de um sentir.

Essa segunda dor é mais amena.

Gritei em alto som minha decepção.

Cantei teu toque. Teu poetar. Teu sorriso. Exauri minha alma em palavras sobre ti.

Mas é uma dor que me confunde. Às vezes parece ser aquela primeira dor...mas já é outra.

Tua pessoa de certa forma não me interessa mais...mas o amor que senti( sinto) por ti ainda me interessa.

Amor que me justificava como ser humano.

Amor que me colocava dentro das estatísticas:”Eu amo, logo existo”.

Despedir-me deste amor é despedir-me de mim mesma.

É o arremate de uma história que aconteceu, que terminou sem a concordância do meu coração.

Esse amor, é fato, precisa sair de dentro de mim...

Para que então, meu coração possa amar de novo.

Essa é a segunda dor de um amor que se foi.”
KARINNA

 

Karinna
Enviado por Karinna em 19/11/2008


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