“Começo a vislumbrar uma luz no horizonte.
A dilacerante dor física da falta de teus beijos e tuas carícias
Principia a passar...a me deixar.
Virar desimportante para ti, começo a me acostumar.
A dor mais doída inicia agora
O ritual da despedida de abandonar o amor que sinto
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade
Dói também , tanto ou mais que o abandono.
Apeguei-me a esse amor como apaixonei-me por ti.
Desprender-me de ti
Sacudir de mim os teus vestígios parece mais fácil.
Esse meu amor por ti tornou-se um souvenir
Uma lembrança de uma época feliz e passional que vivi.
Esse meu amor por ti tornou-se um bem inestimável
Sensação inebriante a qual me apeguei.
Vivo como que embriagada por esse sentir.
Abrir meu coração para outro amor requer abrir mão do meu amor por ti.
Esse meu amor por ti entranhou-se em mim.
Tatuagem na minha derme macia ficou.
Preciso dar a carta de alforria a esse amor que tenho por ti.
Tirá-lo do meu peito e colocar ali.Onde há lembranças de um sentir.
Essa segunda dor é mais amena.
Gritei em alto som minha decepção.
Cantei teu toque. Teu poetar. Teu sorriso. Exauri minha alma em palavras sobre ti.
Mas é uma dor que me confunde. Às vezes parece ser aquela primeira dor...mas já é outra.
Tua pessoa de certa forma não me interessa mais...mas o amor que senti( sinto) por ti ainda me interessa.
Amor que me justificava como ser humano.
Amor que me colocava dentro das estatísticas:”Eu amo, logo existo”.
Despedir-me deste amor é despedir-me de mim mesma.
É o arremate de uma história que aconteceu, que terminou sem a concordância do meu coração.
Esse amor, é fato, precisa sair de dentro de mim...
Para que então, meu coração possa amar de novo.
Essa é a segunda dor de um amor que se foi.”
Karinna
Enviado por Karinna em 19/11/2008
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