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______________Entranhado Tesouro Indago-me,em etéreas dúvidas,quando ó Palavra da minha vida,perceberás tu, que os acordes perfumados da tua peregrina e guerreira alma,entoam aquém teu silêncio? Escavadas em límpido horizonte,uma vez extraídas de ti,da tua doce boca,do teu manancial pensar,da tua orvalhada alma pulsante e verdadeira,do teu febril coração,lavram em constante e inesquecível morada a fronte daqueles que te leram um dia,que te perceberam,que te ouviram. A tela boreal do tesouro que guardas em ti e,que graciosamente divides,pinta-se em lúgrubes cores por vezes...cinzentos salpicos dos teus sentires em meditação. Todavia,na tua camada interior e profunda, intacto está o espectro das infinitas cores luminosas que perfumam nossa existência. Como não cobrir meu coração quando estás coberto, em um momento talvez, com o véu triste das tristezas meditativas incontidas da tua perfumada alma? O tempo das águas do fosso da miséria das palavras é apenas um milésimo de segundo atemporal... um fictício real sentir do momento da introspecção. Pois lá estão...sob o afoito sentir e pensar incoerente que trespassa a derme da tua listrada alma...mesmo que não as escute...as sinta...ou as divise...profundamente floradas nas suavidades secretas de ti mesmo. Nesse rico silêncio ancorado no teu vacante porto da existência,cerro meus olhos da alma e aspiro o galardão das tuas ricas e medulares verdades. E diviso,entre aquelas sedas diáfanas,translúcidas e balouçantes,o hidromel dos mananciais reais que exalam do teu imortal existir em mim. Sinto-te como teu coração brotado de sentires e palavras,que bailam em teu templo divino,pulsantes e latentes palavras,ditas ou não,pensadas ou não,contudo ali,percorrendo o emanharado dos fios escarlates do teu sangue,na derme furiosa do teu âmago de janelas estrangeiras. E,na vastidão do pensar,do sentir atemporal,das diurnas longitudes,porém sem distâncias,sem coerência exigida pelo consenso,percebo que... ... a morada,quase que litúrgica,divina e santa,da tua palavra em mim, jamais deixa-me , jamais escapa dos recônditos cantos da minha aprendiz alma. Percebida de ti...de mim...percebas tu,que teu meditar ,que o sinete real da tua palavra é tesouro entranhado em quem tem o privilégio de tua existência...a humanidade. KARINNA **
Karinna
Enviado por Karinna em 11/02/2009
Alterado em 11/02/2009
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