____________Papiro. Cresce o papiro nas águas desse rio Que enche minhas lágrimas, chorado desvario Tiveste tudo e não quiseste nada, nem uma prece... Lamurias-te na perdição do que negaste Sofres agora numa utópica saudade. Como sentir na derme o que não provaste de todo? Minha entrega no teu calor foi galopante estorvo Consumiste teu ardor no meu luxuriante gozo... Seguiste adiante sem um som sequer, perante meu afônico pedido ansioso. Derramas então agora o verter da tua culpa Inundas meu olhar em cristais lágrimas, que de feridas abunda... Arrependido? Não o sei, não o creio... Tenho em mim uma incerteza Adentrarás em mim de novo? Permitirei cega diante tua fictícia singeleza... E no contínuo crescer do papiro nas águas do meu choro Sigo-te amando como se fosses meu ditoso tesouro. KARINNA ********** ******** ****** **** ** * Karinna
Enviado por Karinna em 24/02/2009
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