_______________Insone.
Desperta, embalo minha sina na noite insone, com versos comungados de dores e amores.
O pranto, esse derramo às escondidas da minha alma ingênua e crente, estática frente às dualidades dos sentires cortantes e das lidas.
O sonho, esse que desconheço, mas anseio, distancia-se na compulsão das horas, dos olhos lacrimejantes e insones.
O corpo, esse meu invólucro doído, não percebe o torvelinho oculto na alma que abriga um desatino.
A mente, recria o dilacerar de idéias mal definidas, sonhos esfacelados e delírios malogrados.
Na boca, o gosto amargo da noite mal dormida, amarga a dor que me invade e exige guarida.
A dor, imputa sua presença e percorre do corpo à alma , recriando a todo minuto, sua escura essência, invadindo a derme da vida.
Insone, nos braços da Dor, assisto o nascer do Astro Rei, que banha a pele em luz dourada e entre seus raios, acorda a canção da alma...essa...há muito aprisionada.
KARINNA