*********************** *********************** * *_____________Confesso-te.* As singelezas dos meus olhos são tuas. Os teares de sonhos que bordo nas noites de estrelas são teus. Confesso-te aqui, despida de reticências e de alma nua. Digo-te que anseio deixar-me em ti e adormecer no teu regaço, entre vermelhos beijos, toques mágicos e silentes abraços. Confesso-te... Mora em mim, em um quarto e sala, a famigerada espera, aquela que consome os dias e acorda as noites, sem trégua. Digo-te que anseio a tua fragrância lunar que embala minhas noites, quero-a aqui, viva, deslizando na minha pele, desenhando minhas curvas, gotejando todos teus amores. Confesso-te... Em veleiros abandonados ao léu deitei-me e desejei teu céu. E na busca incessante de estranhos mares, descobri-te o óbvio, o seguro de um porto, que sempre sublimei em meio a tantos amares. Digo-te que te deixo tocar-me a pele com tua canção, sepultando assim todas as marcas invisíveis das notas perdidas e sofridas do meu intenso coração. Confesso-te... Nada sei de fingimentos. Sou transparente e às vezes singro ao gosto do vento. E as palavras carregadas de emoção emergem sem tolhimentos. Pois é do meu interior, aquém eu mesma, que sempre brotam os reais sentimentos. E digo-te que sem ti sou corpo sem alma, alma sem pouso, pouso sem guarida, sou apenas luz fria. Sou toda tua. Em espírito e em vida. Confesso-te... Karinna* ** * Karinna
Enviado por Karinna em 11/05/2009
|