Preto e Branco.*
Divago nas nuances das minhas dores Nem estando aqui, em silêncio, estou salva Nada sei da minha alma os precipícios... Quando o receio de aproximar-me é lume Do meu olhar escondido, em luz não expressa Só me sei em mergulho íntimo, avessa e receosa. Deslizo no breu como em pétalas Há negativos dos meus tantos temores Em caixas remexidas no meu quarto escuro. Não me peças para transpor esse limite Tolas são agora todos aquelas nossas fotos Meros espectros imbuídos de lembrar-me abandono... De receios cinzentos vivo, como um manto Sobrevivo, em preto e branco. Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 06/06/2009
|