Voraz*
Dentro de mim a sílaba inominável verbo que não conjuguei pronúncia que ainda não intensifiquei. Espectro colorido do poema este que já sonhei e não ousei escrever letra verde que nunca alinhei linha timbrada de descaso, do meu sofrer. Dentro de mim, a página em branco que espera os desenhos das máscaras das tantas ilusões, das tristes farsas de tudo que já presenciei. Dentro de mim, discursos estridentes da Alma e da Razão eloqüentes nos embates vermelhos da paixão no estupor lírico do coração. Mesmo assim não me perco do sonho nem da permanência da emoção do assombro renovado da redescoberta das minhas, tão minhas catarses encobertas. Dentro em mim, uma febre imensa que consome nos dedos incontidos, que ardem em chagas, em dores dessa voragem. Em versos, suspirados das trôpegas conquistas dentro em mim, a busca constante da palavra viva. Karinna* ** Karinna
Enviado por Karinna em 01/09/2009
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