Orquídeas* Não quero o afeto engomado A palavra perfeitamente alinhada O beijo diplomático. Não quero ser letra de música Nem abraços de chá de camomila. Quero o alumbramento do porte firme A epifânia do incêndio das mãos nas curvas A boca sempre a olhar a pele A hombridade de repensar O milagre diário De simplesmente se estar. Não quero as simetrias das rosas Quero orquídeas nas texturas Selvagens e desgarradas Lilases e esgazeadas. Quero instantes subcutâneos O desassossego da mente O toque semiótico das pontas dos dedos Um que de desatino Na lucidez de qualquer momento. Karinna* * Karinna
Enviado por Karinna em 12/11/2009
Alterado em 12/11/2009 |