Baunilha*
Em teu corpo luas de mil esferas Em teus braços lonjuras tão vivas que ardem Em ti me aporto teso do rico tempo Lábios de estrelas no firmamento Nada de ti me é indiferente Feituras da mesma lira crescente Como gêmeos paladares Levita-se o instante sem passado Em cada ato de entrega Pagãos sentidos, sentimentos sagrados E na loucura que queimamos No espasmo mudo dos meus beijos na tua nuca A alegria da dor fendida na carne, depura-me E em cada gemido soletrado A cada riso na lágrima incontida -se chora de alegria- Bendigo-te e colho-te em mim suavidade -sumo de vida, perfume de baunilha- Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 21/12/2009
Alterado em 08/07/2011 |