Noites*
Uma pista de dança Na valsa das águas puras Simetria do coração e a palavra Luz que afasta o medo Corpo translúcido do verbo Um ato de ausência Um veludo-limite que separa Da paixão a incógnita A estrela bebe a lua E o sol é poesia nua Perde-se nos sentidos Rasga-se na cicatriz Saboreia a beleza sem ver Não se basta- uma sede abissal Teme-se Pois não existe E a inexistência é de suor e sal Vácuo Na dor das sílabas A compreensão Da incapacidade O passo que não sabe dar E os poemas visitam As noites -a palavra é seu amor- Karinna
Enviado por Karinna em 08/01/2010
Alterado em 08/07/2011 |