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Elegia*
A Lua não ama
Brilha
Reflexo que se cumpre
Quente
De um Sol
Impaciente
Em minhas mãos vazias
Apenas a lonjura
Prata purpurina
Que meus olhos não abarcam mais
-foste-me outrora um cais-
Meu peito
Uma clareira vaga
A Lua desalmada
Fita-me olhos amantes
Colapso-me em estrelas
-tiaras brilhantes no véu da noite-
Karinna*
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A lua é um celeiro para o nosso imaginário,
E os desejos lendários despertam com sua luz,
Serenidade que conduz ao querer flamejante,
Mesmo que por um instante nos alimenta e seduz...
Nossas lembranças reluzem as faces desvirtuadas,
Tanta coisa desejada distante do nosso alcance,
Os elevados avanços não superam a natureza,
Sua infinita grandeza presenteia sem cobranças...
Nossas almas nas instancias da brisa do horizonte,
Lembranças sentidas antes do evento acontecido,
É o mesmo que ter vivido o futuro no passado...
Tudo ficou registrado em nosso eu interior,
Se o sentimos já passou só falta concretizar,
Das sentenças do amor não se consegue escapar...
Poeta Miguel Jacó
*Gratíssima por tão bela interação*