Timbre*
Amanheceu nosso poema No regaço da noite No ninho dos meus olhos Ainda trago teu aroma Azulando o braseiro De um céu em eterna chama. A nostalgia da distância A vontade do orvalho Da dor em temperança Um verso ainda persiste Horizonte claro Luta e ânsia. Sem pátria Desertam palavras de amor Corpos nutrem-se Das almas em memória Uma poesia ficou Nos restolhos De uma azul história. Porque os versos nascem Mesmo na escuridão de ser Rasgando peitos e eras Atravessando orlas de espera Encapuzados de uma saudade Que lavra em lágrimas minha terra. Karinna* * Ao descrever o que sinto, Me afundo no imaginário, Este mundo é tão precário, Para saciar meu eu, Até aqui não valeu, A vida o peso maior!, Me sinto sempre tão só, Mesmo cercado de pessoas, Pois minha alma destoa, Do senso imaginário, De um pensar proletário, Valorizando as quimeras, Simbolizadas no outro, Esfaceladas na terra, Após serem dissolvidos, Se negam a ter existido, São rejeitos da miséria. Miguel Jacó *Grata por tão intensa interação* Karinna
Enviado por Karinna em 20/02/2010
Alterado em 13/03/2011 |