* *___________________Redundante. * Sei que minha angústia por vezes alto geme E que vidas em mim trazem a minha dor latente Sou tão poeira de afetos que me espalho ao vento E na ousadia de um lamento um verso partido se desprende. Sei que assumir a dor por vezes é como amarrar a palavra Que os traços da solidão de um amor meu corpo marcam E que dos meus dedos fluem esses versos numa deriva cega Contudo são essas mulheres em mim que bailam, tomam e me libertam. Assim esparramo esses versos incontidos Espremo o sumo do sentimento e transformo em palavra Mesmo quando a razão se despe e me enfrenta A palavra explode em amorosos fragmentos... escorre como lava. E o sorriso que ainda não achou graça... A densidade do verbo que se desespera... O adjetivo que redunde e que apaixonado se entrega Ficam em minhas mãos Junto com o perfume dessas mulheres que, abusadas, me subvertem. Sou muitas em uma, sou uma em muitas. E, diluídas em mim, todas... escrevem. Karinna* * Karinna
Enviado por Karinna em 25/02/2010
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