Primor fértil da busca
Somos nós no fugaz tempo
Trocando mãos e afagos
Sorvendo a brisa louca das nascentes
Ardendo-nos em fogo fátuo
Dançamos a toada dos sorrisos
Vestidos em trajes de amor
Estupefatos diante do fascínio
Sonhos peregrinos
Atapetando um chão de lírios
Em cálice a santidade da libido
Lábios puros nos bebemos
Carícias em dedos de fino cristal
Palavras novas oferecemos
Sedutor aflora o verso
Como dor que partiu
Lágrima que se foi
Um beijo de amor
No âmago se recria
-quando não estás, sinto-te poesia-
Karinna