Ensolarada*
Na mansuetude da noite Lunar Adormecido o Amor Afago o Sonho Liberto-me do desencontro. Escuto o suave som das estrelas De macios veludos pratas raros A fragilidade do sentir dilui-se em tons nacarados. O corpo sofre os erros dos anos Os olhos, ainda azuis, por vezes se enganam. Das lembranças não há torpe memória A alma disfarça a sandice dos lábios rosa E visto-me de sedas, coberta por tuas histórias. Quem sabe existe outra dimensão Em que a plenitude se concretize Em que as escolhas não sejam em vão. E num tropel de dúbias certezas Eu torne a escutar das flores as singelezas. E reconheça os toques amantes do Amor Em uma quase morna madrugada... Depois adormeça macia e azulada E acorde, enfim... quem sabe ensolarada. Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 21/03/2010
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