Segundo Coração* pontuando saudades de partida para um lugar de maciez levo tua existência para não morrer de vazios e espaços traço-te meu amor nas estrelas que debruam meu céu num abraço levo-te como se transportasse um segundo coração oxigenando essa amorosidade sopro de vida que lapida a cumplicidade levo-te porque não há palavra em demasia que verte dos cântaros de barro da nossa poesia levo-te no verso inacabado porque um poema nosso só terá fim quando todas as órbitas completarem-se nesse infinito laço Karinna* ********************************** *Grata por tão linda interação Poeta Gomes da Silveira* UNIDAS METADES
Em parte, somos humanos e animais, por outro lado; mas as metades se estreitam, já por natureza e fado.
Tua metade, distinta, tão mais lindamente humana, em meu animal pedaço, ambos nós da mesma cana.
Entanto, minha metade, rude e tosca, ao som da lira, pede abraçar-te à lonjura, ao passo que mais delira.
Como porca e parafuso, mesmo à distância rimados – nosso animalesco menos –, dois corações enlaçados.
E só quem – amando – sabe unificar corpo e mente terá coração inteiro – almas nele, humanamente. Fort., 12/04/2010. Karinna
Enviado por Karinna em 11/04/2010
Alterado em 12/04/2010 |