* * Visceral* Quisera rasgar versos Na tua pele Traçar a tua métrica Numa trova sem ética Em sandices Despir poesias Versar em carícias. Quisera arranhar poemas Nas juras da carne Na composição dialética Sensação atordoante, profética. Quisera tecer duetos Com nossos olhares Enrodilhados no sal Sudorese do uno corpo, coral. Quisera descobrir as sílabas Que poéticas cantam sons Dos nossos decassílabos beijos Em orações azuladas esculpidas no desejo. Quisera rasgar-me em estilos Profanando tua firmeza Na aderência sagrada Na rendição das reentrâncias aveludadas. Quisera ser um verso Uma melodia Uma sinfonia, Quiçá um acorde... Silabando sons, Cascateando flores Acariciando tua fronte... Ser sem simetria Tua, na opulência Em ardências mútuas Na palpitação fonética dos olhares Em rendições liláses. Quisera ser teus versos Tuas rezas, teus credos. Teus sonetos d´alma A cruz e a espada. Quisera ser Fôlego e espiral Declamada na poesia Incontida de nós Visceral. Karinna* * Karinna
Enviado por Karinna em 15/05/2010
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