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Orquídeas* Não quero o afeto engomado A palavra perfeitamente alinhada O beijo diplomático. Não quero ser letra de música Nem abraços de chá de camomila. Quero o alumbramento do porte firme A epifânia do incêndio das mãos nas curvas A boca sempre a olhar a pele A hombridade de repensar O milagre diário De simplesmente se estar. Não quero as simetrias das rosas Quero orquídeas nas texturas Selvagens e desgarradas Lilases e esgazeadas. Quero instantes subcutâneos O desassossego da mente O toque semiótico das pontas dos dedos Um que de desatino Na lucidez de qualquer momento. Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 09/06/2010
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