O Verbo* Tenho uma palavra sob a ardente calma da minh´alma Ando sobre ela e mesmo assim não amassa Não passa. Enganando eras, metas e lucidez, súbita se mostra Transpassa. Uma palavra como poema que ressurge do nada Esgarça Sem imagens concebidas e vividas, quer guarida Laça. Tenho uma palavra que floresce e ameaça Não regava, não notava, não provocava E ela sutil, acarinha meu sonho, torna-se alada. Rompe a derme, solta o grito e me indaga. Não se esconde, transpõe Sublime, ultrapassa o encontro, torna-se tesouro Desfragmentada sai-me pelos poros desejosos Em versos obscuros ou reluzentes de ouro Amor é sempre essa palavra. Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 15/07/2010
Alterado em 15/07/2010 |