Cardo* Nem matéria, nem memória Apenas o som das estrelas Fios que me atam ao universo De mim, o silêncio A flor, a dor de um verso. Em harpa e fuga Margem ribeira Minh’alma senta-se No alpendre do silêncio Interior, fatídico intenso. Sim, permito-me viver Seguir os meus atalhos O mel, a pedra, o cardo O pão, o trigo, a sálvia A palma, o sonho, a cítara O néctar das minhas vinhas E tudo frutado permaneça Na bruma néon que me habita -no silêncio aberto da minha vida- Karinna* *cardo-Planta espinhosa asterácea Karinna
Enviado por Karinna em 29/09/2010
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