Jardim Secreto*
Nas marcas palpáveis Trago agonia e soluço Olhares desfeitos, aromas loucos... Permito-me Silencio-me, adentro as portas da quietude morna Lentos passos, tal bailarina em pétalas de rosas. Os sonhos, os tremores, os tolos anseios Que me ovacionavam em luas prateadas Adormecem na paz de mim mesmo. É trégua É um instante vitorioso A peleja diária desse meu interior em ebulição Sucumbe ao murmúrio doce da paz que estabeleço Um jardim verdeja em mim, em segredo. A profundidade do que minh’alma inspira Apazigua por segundos a batalha Cobrindo-me carne e sentidos Numa rendição mansa de espírito. No perfume do sentir-me assim No sabor pacífico da carícia da Poesia Voejo entre flores do meu íntimo jardim. Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 14/10/2010
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