Ofício de Viver*
pernoita tua dor em mim
já não o sei se é tua ou minha
a comoção rasgada que brota
na linha ferida da poesia.
pernoita o nosso sonho em mim
já não sei se finjo que morro
ou se a verdade é que me arde
na ranhura dos meus pontos
pernoita a nossa solidão em mim
já nao sei se finjo que vivo
ou se o raio que me ferirá
será cura ou abismo...
Karinna*