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Insistência*
a poeira arde meus olhos
as letras escavam os céus do norte e minha poesia chora ao sul... o que se tem, se guarda no afeto silencioso da insistência como o princípio do mar turquesa que na superfície encrespa-se e nos abocanha na profundeza... a insistência dorida é vã pois talha a vontade e os aromas e ensurdece o sagrado o que vai no peito- pleroma- os cacos ainda persistem em meio ondas de esquecimento as palavras ficam dependuradas nas vagas do querer-se na dualidade do sentimento... - pois a memória amorosa é ninho de aconchego- das açucenas em flor são as rotas do sorriso do sorriso de amor... [ou não]
-um instante sem teu mar, um infinito segundo de morte-
e dói-me.
Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 19/06/2012
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