Além*
deslizo pelas letras inscritas no céu sou-te mar, entre réstias de um sol peregrino pois te serei breve- tenho certeza- como a flor que nasce, cresce, murcha e desaparece
teu olhar vagará entre arricefes, corais e ondas
na eminência do sentir pele, olhar e canto
sei-me para além
além da eternidade como verso inscrito na pedra na retina do olho que te sonha palavra, beijo e saudade
a terra pariu as flores
e nesse revolver-se poemas e sonhos sei-me pó, poeira de letras que sem rumo vagueiam na eternidade de um olhar sem dono, sem terra, sem pouso
sei-me nada
e na insignificância de ser-me amo-te além aguardo-te além despeço-me além.
K
Karinna
Enviado por Karinna em 26/09/2012
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