Risco*
prefiro-te entre os meus azuis
até entre as nuances cinzas pois a vida me tornou alma o invólucro despede-se na linha sem saída
prefiro-te entre as estrelas do meu céu
num enxergar-te entre meus silêncios na alvura das nuvens da virtude de teres a palavra como mestra e a essência de não saber-se -tal qual a pedra- que grita ao passante e só é escutada se há raiva branca ali, ou aqui...adiante
te prefiro na minha alma
como uma voz- talvez atroz- mas viva e dedilhada pelos acordes do que nunca serei pois agora minha pele é pó e meu riso, outrora frouxo e sentido- é apenas um nada um exausto risco.
prefiro-te.
karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 14/11/2012
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