Verborragia*
a palavra faz-se tato
no tatear-me por dentro trago um estranho no peito um discurso torto ou apenas a essência de todos meus medos
a palavra faz-se lamento
e hoje quero ler-me nas entrelinhas do horizonte perdido nos sonhos cerzidos na ousadia de ser livre folha, papel, unguento
a palavra faz-se vento
no timbre da carícia a brisa que me desenha nas faces, o anagrama das lágrimas a tua cartografia
a palavra faz-se
apenas sopro- quisera fosse de mar- grafando a ferro e fogo onde há vida sem juramento.
Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 20/12/2012
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