Girassóis* não. não esqueço das manobras calibradas do coração, raso de ternuras e afetos longínquos. as dores ou os amores, não sei, por um instante carregam-se de brumas e parecem um todo ser. as incertezas se avolumam nas linhas que desaguam no fio do riacho das minhas lágrimas sentidas. já nem sei se sim ou não. se sou, se tenho, se vou, se nasço, se morro, se canto ou simplesmente sou pássaro na revoada migratória, de um outono soturno, em busca de um sol em glória. anoiteço em alvoreceres e amanheço em escuridão da alma. o vazio dilacera a esperança pintada. sou apenas nada, plantada entre girassóis que escapam dos versos da poesia sonhada.não. não tenho mais nada além de dormentes palavras. karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 16/05/2013
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