Apenas Ser*
há pessoas que nascem numa palavra, num acorde, num fonema afetuoso. e num ínfimo instante tornam-se constelação num céu de solidão, sem pejos, sem mesuras, apenas sensibilidade e candura.
há pessoas que o tempo não dissipa, que poemas se fazem sem escrita na face timbrada na tela, sem entendimentos lógicos, apenas coração e intuição, tirando-nos dos obscuros solilóquios. há pessoas que nascem no nosso peito e jamais morrem, pois perduram no olhar d'alma, no semblante que vemos no espelho, como afins, como estrela e lua, como mar e horizonte, como aconchego e calmaria em meio a realidade crua. sim. há pessoas que a vida leva por outras veredas e continuamos sendo movidos pela lembrança mais bonita, a que instala-se no sagrado, no recôndito do velino, na lágrima partida em cristal, no amor vertido na ilusão de ser...apenas de amor...ser. Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 27/07/2014
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