Idílio*
Pelo tatear das sôfregas mãos senti teu verso branco Puro deleite de um pensar das alegrias de um líbero amar Soluço rouco arrancou-me da garganta Como estrela que não se cala, abraçada ao luar. Com o toque dos sedentos lábios sorvi teu verso Sumo sagrado de um sentir lucidamente insano Escorrendo em tortuosos rios de palavras desmedidas Como barco de amores flutuando em doce oceano. Pelo aspirar fremente das narinas inalei teu carente verso Perfume inebriante de um caminho dourado ouro Pairando nesse infinito céu de emoções torturantes Como aroma de suculentos frutos...verdejante tesouro. Pelo olhar turquesa azul vislumbrei teu valente verso Na mesma hora triste a volúpia de um olhar profundo Murmurando em lágrimas teu nome vi-te em azul sonho Pálpebras toldadas de solitário pranto... tomaste meu mundo. No abraço caloroso e intrigante senti teu diáfano verso Quando ainda os toques abraços eram de uma vida perdida Tão perto como tua mão sobre a fronte era a minha Senti os laços infindos da palavra... idílio, era conquista. KARINNA* Karinna
Enviado por Karinna em 29/07/2014
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