Orfandade*
como vislumbro-te no resquício dos meus versos molhadas letras, sem rumos apenas sonho e querer um dia, uma linha um horizonte futuro escorro aflita na face do papel
busco-te na porosidade na minha solidão de ser tua antes da primeira lágrima uma era antes da minha orfandade enlouquece-me esse renascer-me em ti
lágrima teimosa que sou pois sinto-te nas auroras alaranjadas nos entardeceres róseos e no marinho das noites que são eternamente nossas... renasço a cada pensamento teu
em cada golfada do teu ar sou vitoriosa a morte assombrada ante o amor que se faz recolhe-se, vai embora peço-te
deixa-me escorrer na tua face e reviver em teu lábio que amo pois de nada adianta-me viver um minuto a mais se não for para estar vestida das sedas da saudade entre teus sonhos reais Karinna* Karinna
Enviado por Karinna em 10/08/2014
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