Em Fluorescência *-
Imensidão espreita as vontades
não suportam palavras
Comportas de ardente precipício
indomáveis chamas
Partículas de mútuas estrelas
que se estendem à minha noite
Nascem luminosos flancos
distantes de conseguir o dia
O açoite da paixão nua
teus merecidos bens
Rendição cobiça
movendo a solidão
-anagrama da lua- ...entra por uma flor
Espasmos de fogo fátuo na íris
no círculo da vida
Esquartejam-se gemidos
orvalhados no crepúsculo
-em lábios cerejas- ...inquietos e sem mistério
espera-se apoteose na pele de leite
-como a lua fosforesce-
Karinna* & Miguel Eduardo Gonçalves-